sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Primeiras Obras


O Juramento dos Horácios (1784)

Apesar de ter sido pintado cinco anos antes do começo da Revolução Francesa, ilustra os ideais artísticos do neoclassicismo.
Mostra três irmãos fazendo a saudação romana, no qual juram que lutarão pela República Romana, embora sua decisão traga sofrimento a suas famílias. A pintura simboliza o princípio segundo o qual o dever público, o sacrifício pessoal e o patriotismo são valores superiores à própria segurança.



Napoleão cruzando os Alpes

É o título de cinco versões de um retrato pintado a óleo de Napoleão Bonaparte pelo artista francês Jacques-Louis David entre 1801 e 1805. Inicialmente encomendados pelo embaixador espanhol na França, a composição mostra uma versão fortemente idealizada da verdadeira passagem de Napoleão e de seu exército pelos Alpes em 1800.



Jacques Louis David




Jaques Louis David


Jacques-Louis David nasceu em Paris, em 30 de agosto de 1748. Discípulo de Joseph-Marie Vien, artista que propugnava o retorno à antiguidade clássica, no começo não se sentiu atraído pelas idéias do mestre.
Em 1774, com a tela "Antíoco e Estratonice", David ganhou o Prêmio de Roma, que lhe permitiu uma permanência de vários anos naquela cidade.
Logo se tornou o mais entusiasta defensor do neoclassicismo, influenciado pela contemplação dos monumentos antigos e pelas doutrinas de dois alemães, o pintor Änton Raphael Mengs e o historiador Johann Joachim Winckelmann.



"O juramento dos Horácios" (1784) a primazia do desenho e dos contornos sobre a cor contribuíam para ressaltar a dramaticidade da composição, abriu caminho à revalorização dos temas históricos.





Famoso, David tornou-se o pintor da revolução francesa; exemplo disso foi um de seus mais célebres quadros,

"Marat Assassinado"(1793), obra cuja mestria técnica realça uma sincera emoção.
Depois da queda de seu amigo Robespierre e de vários meses na prisão, David retornou brilhantemente à cena artística em 1799, com:

"As sabinas", que foi interpretado como um apelo à reconciliação nacional.
Recuperado o prestígio, foi nomeado pintor oficial de Napoleão, para cujo louvor e glória realizou algumas de suas mais ambiciosas telas, como
"A coroação da imperatriz Josefina"
(1805-1807), composição gigantesca que contém minuciosos retratos de personagens da época.
Após a derrota de Napoleão em Waterloo, David mudou-se para Bruxelas, onde morreu em 29 de dezembro de 1825.












Juventude

Jacques-Louis David nasceu de uma próspera família parisiense. Quando tinha nove anos seu pai foi morto em duelo, e sua mãe o entregou aos cuidados de seus tios abastados, que providenciaram para que ele tivesse uma educação primorosa no Collège des Quatre-Nations, mas ele jamais foi um bom aluno - sofria de um tumor na face que afetava sua fala, e passava o tempo a desenhar. Desejava ser pintor, contrariando os planos de sua mãe e tios, que o queriam um arquiteto. Vencendo a oposição, buscou tornar-se aluno de François Boucher, seguidor do rococó e o principal pintor de sua geração, que era também seu parente distante. Mas Boucher, em vez de aceitá-lo como discípulo, o enviou para aprender com Joseph-Marie Vien, um artista que já trabalhava numa linha classicista, e o jovem ingressou então na Academia Real.
Tentou o Prêmio de Roma por quatro vezes, sendo em todas preterido. Depois do quarto fracasso iniciou uma greve de fome, mas não a levou ao cabo. Finalmente em 1774 teve sucesso, dirigindo-se a Roma para ingressar na Academia de Roma, e a ajuda do professor Vien o poupou de um estágio preliminar em outra escola, o que era uma praxe. Lá executou inúmeros desenhos e esboços das ruínas da cidade histórica, material que o proveu de inspiração para as arquiteturas de suas telas ao longo de toda a vida. Estudando os antigos mestres, sentia uma predileção por Rafael, e ao visitar Pompéia ficou maravilhado. Depois destas impressões tão fortes decidiu adotar em seus trabalhos um estilo de acordo com os conceitos do classicismo.